domingo, 6 de julho de 2014

Apologia De Sócrates

Apologia de Sócrates” é uma obra literária escrita pelo filósofo Platão (424/423 a.C. – 348/347 a.C.) na qual o autor exprime sua versão da defesa feita por outro filósofo, Sócrates, em seu próprio julgamento, onde está sendo acusado de corromper a juventude e de não aceitar os deuses que são reconhecidos pelo estado, introduzindo novos cultos.


A Apologia (ou defesa) de Sócrates de autoria de Platão é um dos primeiros relatos da defesa de Sócrates em meio ao famoso julgamento que resultou na sua morte por ingestão de cicuta, poderoso veneno. Várias outras “Apologias” seriam elaboradas nos anos seguintes, destacando-se ainda a feita por Xenofonte.

A primeira questão evidente na obra é se as palavras que Platão "coloca" na boca de Sócrates seriam as mesmas proferidas em concreto perante o Tribunal de Atenas ou na verdade refletem o pensamento de Platão em relação às injustiças sofridas por Sócrates.
Na visão de Platão, Sócrates havia sido vítima do poder do discurso político, que agiu contra o raciocínio filosófico. Platão acreditava na superioridade da filosofia sobre a política, a qual deveria dirigir os rumos da segunda.

Apesar da impossibilidade de verificar a fidelidade do texto em relação à defesa de Sócrates em tribunal, é evidente a concordância do autor com as argumentações expressas nas palavras do filósofo que serviu como seu mentor.

A obra está estruturada sob a forma de diálogo, iniciando-se com a acusação feita por Meleto, acompanhado de Ânito e Lícon. Meleto é o único na obra a falar durante a defesa de Sócrates, caindo em contradição sobre a natureza da acusação feita ao filósofo, afirmando num momento que este pregava o ateísmo, e em outro, que acreditava em semideuses. Ao longo da obra, Sócrates logicamente se concentra em uma argumentação contrária a seus adversários, que em alguns momentos se torna pessoal.

 O filósofo responde a seus adversários por refutação, tentando invalidar as teses opostas à sua. Ele ainda irá retroceder ao passado para reforçar a sua argumentação de defesa na tentativa de esvaziar a acusação.

A tese defendida pelo filósofo, em resposta às acusações, é a de que nada mais fazia do que filosofar. A sua teoria era a de que não havia quem pudesse dizer-se prejudicado com seus ensinamentos. Os seus argumentos, recheados de ironia, faziam corar os acusadores, que, pela força dos argumentos ficavam sem palavras para prosseguir na acusação.

 Por isso, a contra-argumentação, ou seja, as razões contrárias à tese defendida, certamente não prevaleceriam num julgamento justo.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Pré-História no Brasil

Ocupação do território
O atual território brasileiro foi povoado por homens entre 40 mil e 50 mil anos atrás. Os primeiros seres humanos que chegaram ao continente americano vieram da Ásia. Chegaram à América, provavelmente, após passarem pelo Estreito de Bering. Foram se espalhando pelo continente até chegararem ao sul e começarem a povoar o território brasileiro.
São os homens pré-históricos brasileiros os ancestrais dos índios que habitam até hoje nosso país.

Vestígios deixados pelos homens pré-históricos brasileiros
Existem atualmente vários sítios arqueológicos pré-históricos sendo estudados no Brasil. Os mais importantes ficam no interior do Piauí, na região de São Raimundo Nonato. Pesquisas coordenadas pela arqueóloga Niède Guidon, resultaram na descoberta de ossos de animais pré-históricos, artefatos de cerâmica, fragmentos de fogueira, machados de pedra e, principalmente, milhares de pinturas rupestres.

Os sambaquis, também conhecidos como concheiros, são excelentes fontes para o estudo da vida pré-histórica brasileira no litoral brasileiro. Os sambaquis foram formados durantes milhares de anos, através do acúmulo de conchas e resíduos descartados pelos homens. Entre uma camada e outra de conchas, encontram-se artefatos, ossos e diversos tipos de objetos pré-históricos de diferentes grupos humanos que habitaram uma mesma região. 


Desenhos feitos na pré história brasileira pelos homens das cavernas.
Outro importante sítio arqueológico brasileiro fica na Caverna da Pedra Pintada, localizada no município de Monte Alegre (margem do rio Amazonas). Pesquisas realizadas na década de 1990 revelaram a vida de grupos humanos pré-históricos que habitaram a região por volta de 11 mil anos atrás. No local foram encontrados vestígios de fogueiras, pedaços de objetos de cerâmica, pinturas rupestres e pontas de lanças de pedras. 

Regiões habitadas

Os homens da Pré-história espalharam-se por diversas áreas do território brasileiro. As descobertas arqueológicas apontam para grupos humanos que viveram em regiões da Amazônia, Piauí, litoral (principalmente dos estados de SP, SC, RJ e ES), região de Lagoa Santa (interior de Minas Gerais).

A vida do homem pré-histórico no Brasil

Com base nas descobertas arqueológicas e estudos realizados, podemos ter uma ideia sobre como era a vida destes homens na Pré-História.

- Viviam da caça, pesca e coleta de frutos. Para caçar usavam machados e lanças de madeira com pontas de pedra afiadas. Os que habitavam a região litorânea também comiam grandes quantidades de frutos do mar.

- Usavam o fogo para cozinhar os alimentos e também para se protegerem dos animais ferozes.
- Grande parte dos homens da pré-história das regiões interiores habitavam cavernas. Já os homens que viviam no litoral brasileiro fabricavam cabanas de madeira e palha para morar.

- Faziam recipientes de cerâmica para armazenar, principalmente, grãos e água.

- Faziam pinturas rupestres (em paredes de cavernas). Os desenhos representavam, principalmente, cenas de parto, relações sexuais, caça de animais, rituais e danças, contagem de objetos e outras atividades cotidianas. Usavam sangue de animais, carvão e minerais misturados em água para desenharem. A arte rupestre é uma das principais fontes de pesquisa da Pré-história no Brasil.

- Viviam em grupos (grandes famílias) com divisão de tarefas entre homens e mulheres. Os homens se dedicavam à caça, pesca e proteção do grupo. As mulheres cuidavam das crianças e preparavam o alimento.

- Algumas comunidades enterravam os mortos próximos aos locais onde moravam. Praticavam também rituais ligados funerários (ligados à morte).

- Em função das dificuldades da vida, doenças, ataques de animais e péssimas condições de higiene, as pessoas viviam pouco. A expectativa de vida ficava entre 25 e 30 anos.

- Tinham preferência por regiões próximas a rios e lagos devido a facilidade para obter água para beber, tomar banho e pescar.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

História da Idade Média

História Medieval é o período da história do Ocidente situado entre a História Antiga e a História Moderna.

A definição do etapismo histórico é algo que gera muita discussão entre os historiadores. A forma como estamos acostumados com os períodos históricos é uma convenção totalmente baseada na realidade da história européia. Usualmente, utilizamos História AntigaHistória MedievalHistória Moderna História Contemporânea para determinar os momentos em que as condições de vida e as relações humanas foram diferenciadas ao longo da história.

História Medieval representa uma quebra nos padrões existentes em seu período anterior, a História Antiga. Esta fase chegou ao fim através de variações em fatores políticos. É preciso lembrar que as mudanças nos períodos históricos não são variações que ocorrem em datas estabelecidas, as pessoas em suas épocas não tinham consciência de que passaram a viver um período diferente da história da humanidade.

 Essas divisões e determinações dos períodos são elaboradas pelos historiadores, depois que tudo já ocorreu, para estabelecer recortes cronológicos que favorecem didaticamente e nas pesquisas. 


O início da Idade Média, também chamada de era Medieval, é caracterizado pela queda do Império Romano, em 476. A invasão dos povos bárbaros causou a fragmentação de um gigantesco império, alterando as relações políticas daí por diante.

Historiadores dividem a Idade Média em três períodos: Alta Idade MédiaIdade Média Clássica Baixa Idade Média. Essa divisão ocorre porque é possível notar variações na estrutura geral dentro do próprio período Medieval. Assim, a Alta Idade Média é compreendida entre os séculos V e X, marcada pelo período de fragmentação total do Império Romano e transição para uma nova realidade estrutural.

 A Idade Média Clássica é situada entre o século XI e o XIII, é neste momento em que estão os elementos mais populares do período Medieval, como feudos, suserana e vassalagem e cavalaria, por exemplo. A Baixa Idade Média, correspondente aos séculos XIV e XV, já representa uma fase de transição para o novo período, no qual novos elementos começam a alterar a estrutura Medieval.

Na Idade Média, a Igreja Católica aumenta significativamente seu poder e capacidade de influência sobre a população. É neste período da história que a instituição tem mais poder e por isso condiciona o cotidiano de todas as relações. A soberania da Igreja interfere nas Artes, na Arquitetura, na Política, na Cultura, na Filosofia, nas guerras, além, claro, das questões religiosas.

As principais características da Idade Média são: o feudalismo, as relações de suserania e vassalagem, as Cruzadas, as ordens de cavalaria e a Peste Negra.

feudalismo foi o sistema pelo qual as terras dos reis foram dividas em feudos, nos quais trabalhavam os servos para seus senhores. Os feudos produziam para subsistência através dos esforços dos servos. Estes tinham apenas um dia na semana para produzir para si mesmos, mas deviam aos seus reis uma série de impostos.


As Cruzadas talvez foram os eventos mais famosos da Idade Média. Consistiram em investidas militares dos cristãos contra os muçulmanos nas guerras pelo domínio da Terra Santa.

As ordens de cavalaria uniam nobres que destinavam suas vidas aos combates. Tornaram-se muito respeitadas e bem qualificadas na sociedade Medieval e engrossaram o combate dos católicos contra os islâmicos.

Peste Negra representou um dos momentos de crise da Idade Média. Na ocasião, dois terços da população da Europa morreu em decorrência de peste bubônica.

A transição da Idade Média para a História Moderna envolveu uma série de fatores que alterou as estruturas do período. A mudança está relacionada com a ascensão das monarquias nacionais europeias, a recuperação demográfica após a Peste Negra, os descobrimentos marítimos, a redescoberta da cultura clássica e a contestação à Igreja Católica. Mas o evento político determinante que marcou o fim do período Medieval foi a queda de Constantinopla, em 1453.

A Idade Média é também frequentemente relacionada como a Idade das Trevas, pois se acreditava que o período representava uma estagnação da humanidade, principalmente por estar situada entre dois períodos tão ricos culturalmente. Mas as pesquisas mostraram que o período é rico em cultura e tem muito a oferecer e esclarecer sobre a humanidade tanto quanto os outros.




sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Three Mile Island, Pensilvânia, 1979


Às 4 horas da madrugada de 28 de março de 1979, o sistema de refrigeração da central nuclear de Three Mile Island, Pensilvânia, entra em pane. Alguns instantes depois, um técnico desativa, por inadvertência, o dispositivo de refrigeração de emergência. A temperatura escala perigosamente no interior do reator nuclear que começa a fundir. As varetas de urânio se rompem. O vapor de água radioativa se acumula e ameaça fazer explodir toda a estrutura. 

Alertadas, as autoridades norte-americanas evacuam as mulheres grávidas e as crianças de um raio de oito quilômetros. Um milhão e meio de litros


de água contaminada seriam vertidos no rio Susquehanna para acelerar o resfriamento do reator. A ameaça de explosão duraria vários dias. Era o mais grave acidente nuclear jamais ocorrido nos Estados Unidos. 

Quando a água de resfriamento começou a vazar da válvula de pressão quebrada, as bombas de refrigeração de emergência entraram automaticamente em operação. Deixando-as funcionar sozinhas, esses mecanismos de segurança teriam evitado o desencadeamento de uma crise maior. 

Contudo, operadores na sala de controle interpretaram mal as confusas e contraditórias indicações e fecharam o sistema de emergência de entrada da água. O reator também foi desligado, mas o calor residual do processo de fissão ainda estava sendo liberado. No começo da manhã, o núcleo do reator já havia atingido mais de 2000 graus Celsius faltando apenas 550 graus para sua fusão. Num cenário de fusão, o núcleo funde e radiação mortal espalha-se pelas redondezas, enfermando gravemente um potencialmente grande número de pessoas. 

Enquanto os operadores da usina lutavam para entender o que estava acontecendo, a água contaminada liberava gases radioativos por toda a usina. Os níveis de radiação, embora não ameaçassem de imediato a vida das pessoas, eram perigosos. Precauções foram tomadas para proteger os operadores. Logo após as 08h, notícias do acidente transpiraram. A Metropolitan Edison, empresa responsável pela usina, tentou minimizar a crise, declarando que nenhuma radiação havia sido detectada fora dos limites da usina. Porém, no mesmo dia inspetores detectaram leve crescimento nos níveis de radiação nos entornos como resultado do vazamento da água contaminada. 

Finalmente, pouco depois os operadores se deram conta de que era preciso fazer a água mover-se através do núcleo, reativando em seguida as bombas. A temperatura começou a ceder e a pressão no interior do reator se reduziu.  O reator havia chegado a menos de uma hora de sua total fusão. Mais da metade do núcleo estava destruído ou derretido, mas sua couraça de proteção não se havia rompido, de modo que nenhuma radiação havia escapado. Aparentemente a crise tinha sido superada. 

Dois dias mais tarde, no entanto, uma bolha de gás hidrogênio altamente inflamável foi descoberta dentro do edifício do reator. A bolha de gás se formara quando matérias do núcleo reagiram em contato com o vapor superaquecido. Parte desse gás explodiu, liberando uma pequena quantidade de radiação pela atmosfera. Naquele instante, os operadores não perceberam a explosão, que soou como o fechamento de uma porta de ventilação. 

Depois de o escape da radiação ter sido descoberto, as pessoas foram alertadas a permanecer em casa. Especialistas não estavam certos se a bolha de hidrogênio poderia provocar outras fusões ou possivelmente uma gigantesca explosão. Como precaução o governador Thornburgh alertou “que as grávidas e as crianças pequenas deveriam afastar-se além de um raio de oito quilômetros da usina, até segunda ordem”. A advertência levou ao pânico. Em poucos dias, mais de 100 mil pessoas fugiram para as cidades circunvizinhas. 

Na tarde de 1º de abril, especialistas concordaram que não havia risco de a bolha de hidrogênio explodir. Aos poucos, o hidrogênio foi sendo retirado do sistema à medida que o reator perdia temperatura. Em 1978, um segundo reator de tecnologia avançada começou a operar em Three Mile Island, e foi saudado por gerar energia barata e confiável numa época de crise de energia. 

No entanto, no auge da crise, os trabalhadores ficaram expostos a níveis perigosos de radiação, mas ninguém fora da Three Mile Island teve sua saúde afetada pelo acidente. Apesar disso, o incidente minou a confiança na energia nuclear. A Unidade 1 que havia sido desligada durante o incidente só voltou a operar em 1985. A limpeza da Unidade 2 prosseguiu até 1990, mas havia sido de tal modo danificada que não pôde voltar a operar. 


Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/10779/hoje+na+historia+1979++falha+tecnica+provoca+acidente+em+usina+nuclear+na+pensilvania.shtml

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A Diferença entre Esquerda e Direita ( Política )


É bastante comum vermos as expressões Direita e Esquerda sendo usadas para designar grupos antagônicos em um jogo político. Mas o que vem a ser, de fato, cada um desses termos? 

Tudo começou na França do final do século XVIII. Seu sistema político era composto por três grupos, os chamados Estados Gerais: o clero, a nobreza e o terceiro estado, formado pelo “resto” da população (banqueiros, comerciantes, médicos, artesãos, etc.). O terceiro estado era o único que tinha a obrigação de pagar os impostos, além de terem inúmeras limitações, como o fato de não poderem ocupar cargos públicos, por exemplo. Foi assim, em razão da adoção de um modelo político injusto e dos privilégios dados a uma pequena parte da população, que se iniciou a Revolução Francesa. 

O que originou os termos Direita e Esquerda foi o fato dos membros do terceiro estado sentarem à esquerda do rei enquanto os do clero e da nobreza sentavam à direita. Foi assim que se originaram os conceitos: Direita é um grupo conservador e Esquerda é um de oposição. 

De uma forma generalizada e superficial, os conservadores dão ênfase ao liberalismo econômico e na eficiência da economia, enquanto os esquerdistas possuem seu foco nos valores da igualdade e da solidariedade. O fato de ser da Direita ou da Esquerda é algo relativo e não permanente, uma vez que um partido, por exemplo, pode estar de um lado em um momento e de outro em outra instância, agindo conforme um jogo de interesses. Por isso, muitos consideram estas definições simplificadoras e enganosas, uma vez que os valores de cada grupo podem se tornar bastante contraditórios.





quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Chernobyl, Ucrânia, 1986


Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, uma sequência de explosões ocorrida na usina nuclear de Chernobyl, localizada na Ucrânia, República federada à URSS, resultou em um dos maiores acidentes químicos e nucleares da história.
Uma primeira explosão de vapor no reator número 4, também conhecido como Chernobyl-4, e o incêndio resultante levaram a uma sequência de explosões químicas que gerou uma imensa nuvem radioativa de iodo-131 e césio-137 que alcançou a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido. Ao contrário do que comumente se afirma, não houve explosão nuclear em Chernobyl.
Se notar bem, a foto tem pequenos pontos laranjas espalhados. A radiação afeta os filmes de câmeras antigas, fazendo com que a foto fique com esse efeito.
As causas do acidente são tanto humanas quanto técnicas e ocorreram durante a realização de testes de segurança no reator. O reator foi destruído, matando no momento cerca de 30 trabalhadores que se encontravam no local, sendo que nos três meses seguintes vários trabalhadores morreram em decorrência do contato com os materiais radioativos.
Entretanto, em virtude da propagação da nuvem radioativa, milhões de outras pessoas sofreram as consequências do contato com o iodo e o césio liberados na explosão, resultando em doenças e más-formações das pessoas nascidas de mães e pais contaminados. As áreas que mais foram afetadas foram a Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, sendo que este último país concentrou 60% do pó radioativo em seu território. O acidente de Chernobyl foi mais radioativo que as duas bombas atômicas lançadas pelos EUA ao final da II Guerra Mundial nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
Vítima da radiação.

À época, o acidente não foi informado pelo governo soviético imediatamente. Mesmo Kiev, capital da Ucrânia, estando localizada a 130 quilômetros da usina de Chernobyl, um grande desfile do 1º de maio foi realizado na cidade, dias após o acidente. As milhares de pessoas que compareceram ao desfile tiveram contato com a nuvem radioativa sem terem conhecimento do fato.
De abril até agosto de 1986 milhares de trabalhadores de toda a URSS trabalharam para a construção de um sarcófago para impedir a propagação da radiação. A usina encontra-se hoje desativada e isolada, sendo proibida a entrada de pessoas. Sua desativação completa ocorrerá apenas no ano de 2065, quando os níveis de radiação provavelmente terão voltado ao normal.
De acordo com o Tecmundo, para evitar mais problemas com a radiação no local, engenheiros do mundo todo estão construindo desde 1992 um gigantesco arco de aço de 29 mil toneladas que cobrirá o reator 4 da usina.


Se você se interessou sobre o assunto, recomendo firmemente que assista a esse documentário.


Fontes: http://www.mundoeducacao.com/historiageral/acidente-chernobyl.htm e http://www.tecmundo.com.br/engenharia/47683-gigantesco-arco-de-aco-cobrira-o-reator-4-de-chernobyl-por-mais-100-anos.htm

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Crise De 1929

Após a primeira guerra mundial (1918), os EUA eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão....

Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos.



A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão.


Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e aparente, portanto logo se desfez.

De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.

Vários fatores causaram essa crise:

Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.

Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.

Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e ninguém se metia.

Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra” (24/10/1929 - dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).

Se o valor das ações de uma empresa está desabando, o empresário tem medo de investir capital nessa empresa. Se ele investe menos, produzirá menos; se produz menos, então, não há motivo para tantos empregados, o que levará o empresário a demitir o pessoal.

Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também.
A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou.
A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma idéia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio também quebraram.

A crise fez com que os EUA importassem menos de outros países, como conseqüência os outros países que exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise.

Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores.

Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados.

Para acabar com a superprodução, o governo aplicava medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava estoques de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não produzissem.

O New Deal alcançou bons resultados para a economia norte-americana.
Essa terrível crise que atravessou a década ficou conhecida como Grande Depressão.

Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial
, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista.

Na década de 30, ocorreu a chamada “Política de Agressão (dos regimes totalitários – Alemanha, Itália e Japão) e Apaziguamento das Democracias Liberais (Inglaterra e França)”.