sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Three Mile Island, Pensilvânia, 1979


Às 4 horas da madrugada de 28 de março de 1979, o sistema de refrigeração da central nuclear de Three Mile Island, Pensilvânia, entra em pane. Alguns instantes depois, um técnico desativa, por inadvertência, o dispositivo de refrigeração de emergência. A temperatura escala perigosamente no interior do reator nuclear que começa a fundir. As varetas de urânio se rompem. O vapor de água radioativa se acumula e ameaça fazer explodir toda a estrutura. 

Alertadas, as autoridades norte-americanas evacuam as mulheres grávidas e as crianças de um raio de oito quilômetros. Um milhão e meio de litros


de água contaminada seriam vertidos no rio Susquehanna para acelerar o resfriamento do reator. A ameaça de explosão duraria vários dias. Era o mais grave acidente nuclear jamais ocorrido nos Estados Unidos. 

Quando a água de resfriamento começou a vazar da válvula de pressão quebrada, as bombas de refrigeração de emergência entraram automaticamente em operação. Deixando-as funcionar sozinhas, esses mecanismos de segurança teriam evitado o desencadeamento de uma crise maior. 

Contudo, operadores na sala de controle interpretaram mal as confusas e contraditórias indicações e fecharam o sistema de emergência de entrada da água. O reator também foi desligado, mas o calor residual do processo de fissão ainda estava sendo liberado. No começo da manhã, o núcleo do reator já havia atingido mais de 2000 graus Celsius faltando apenas 550 graus para sua fusão. Num cenário de fusão, o núcleo funde e radiação mortal espalha-se pelas redondezas, enfermando gravemente um potencialmente grande número de pessoas. 

Enquanto os operadores da usina lutavam para entender o que estava acontecendo, a água contaminada liberava gases radioativos por toda a usina. Os níveis de radiação, embora não ameaçassem de imediato a vida das pessoas, eram perigosos. Precauções foram tomadas para proteger os operadores. Logo após as 08h, notícias do acidente transpiraram. A Metropolitan Edison, empresa responsável pela usina, tentou minimizar a crise, declarando que nenhuma radiação havia sido detectada fora dos limites da usina. Porém, no mesmo dia inspetores detectaram leve crescimento nos níveis de radiação nos entornos como resultado do vazamento da água contaminada. 

Finalmente, pouco depois os operadores se deram conta de que era preciso fazer a água mover-se através do núcleo, reativando em seguida as bombas. A temperatura começou a ceder e a pressão no interior do reator se reduziu.  O reator havia chegado a menos de uma hora de sua total fusão. Mais da metade do núcleo estava destruído ou derretido, mas sua couraça de proteção não se havia rompido, de modo que nenhuma radiação havia escapado. Aparentemente a crise tinha sido superada. 

Dois dias mais tarde, no entanto, uma bolha de gás hidrogênio altamente inflamável foi descoberta dentro do edifício do reator. A bolha de gás se formara quando matérias do núcleo reagiram em contato com o vapor superaquecido. Parte desse gás explodiu, liberando uma pequena quantidade de radiação pela atmosfera. Naquele instante, os operadores não perceberam a explosão, que soou como o fechamento de uma porta de ventilação. 

Depois de o escape da radiação ter sido descoberto, as pessoas foram alertadas a permanecer em casa. Especialistas não estavam certos se a bolha de hidrogênio poderia provocar outras fusões ou possivelmente uma gigantesca explosão. Como precaução o governador Thornburgh alertou “que as grávidas e as crianças pequenas deveriam afastar-se além de um raio de oito quilômetros da usina, até segunda ordem”. A advertência levou ao pânico. Em poucos dias, mais de 100 mil pessoas fugiram para as cidades circunvizinhas. 

Na tarde de 1º de abril, especialistas concordaram que não havia risco de a bolha de hidrogênio explodir. Aos poucos, o hidrogênio foi sendo retirado do sistema à medida que o reator perdia temperatura. Em 1978, um segundo reator de tecnologia avançada começou a operar em Three Mile Island, e foi saudado por gerar energia barata e confiável numa época de crise de energia. 

No entanto, no auge da crise, os trabalhadores ficaram expostos a níveis perigosos de radiação, mas ninguém fora da Three Mile Island teve sua saúde afetada pelo acidente. Apesar disso, o incidente minou a confiança na energia nuclear. A Unidade 1 que havia sido desligada durante o incidente só voltou a operar em 1985. A limpeza da Unidade 2 prosseguiu até 1990, mas havia sido de tal modo danificada que não pôde voltar a operar. 


Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/10779/hoje+na+historia+1979++falha+tecnica+provoca+acidente+em+usina+nuclear+na+pensilvania.shtml

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A Diferença entre Esquerda e Direita ( Política )


É bastante comum vermos as expressões Direita e Esquerda sendo usadas para designar grupos antagônicos em um jogo político. Mas o que vem a ser, de fato, cada um desses termos? 

Tudo começou na França do final do século XVIII. Seu sistema político era composto por três grupos, os chamados Estados Gerais: o clero, a nobreza e o terceiro estado, formado pelo “resto” da população (banqueiros, comerciantes, médicos, artesãos, etc.). O terceiro estado era o único que tinha a obrigação de pagar os impostos, além de terem inúmeras limitações, como o fato de não poderem ocupar cargos públicos, por exemplo. Foi assim, em razão da adoção de um modelo político injusto e dos privilégios dados a uma pequena parte da população, que se iniciou a Revolução Francesa. 

O que originou os termos Direita e Esquerda foi o fato dos membros do terceiro estado sentarem à esquerda do rei enquanto os do clero e da nobreza sentavam à direita. Foi assim que se originaram os conceitos: Direita é um grupo conservador e Esquerda é um de oposição. 

De uma forma generalizada e superficial, os conservadores dão ênfase ao liberalismo econômico e na eficiência da economia, enquanto os esquerdistas possuem seu foco nos valores da igualdade e da solidariedade. O fato de ser da Direita ou da Esquerda é algo relativo e não permanente, uma vez que um partido, por exemplo, pode estar de um lado em um momento e de outro em outra instância, agindo conforme um jogo de interesses. Por isso, muitos consideram estas definições simplificadoras e enganosas, uma vez que os valores de cada grupo podem se tornar bastante contraditórios.





quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Chernobyl, Ucrânia, 1986


Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, uma sequência de explosões ocorrida na usina nuclear de Chernobyl, localizada na Ucrânia, República federada à URSS, resultou em um dos maiores acidentes químicos e nucleares da história.
Uma primeira explosão de vapor no reator número 4, também conhecido como Chernobyl-4, e o incêndio resultante levaram a uma sequência de explosões químicas que gerou uma imensa nuvem radioativa de iodo-131 e césio-137 que alcançou a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido. Ao contrário do que comumente se afirma, não houve explosão nuclear em Chernobyl.
Se notar bem, a foto tem pequenos pontos laranjas espalhados. A radiação afeta os filmes de câmeras antigas, fazendo com que a foto fique com esse efeito.
As causas do acidente são tanto humanas quanto técnicas e ocorreram durante a realização de testes de segurança no reator. O reator foi destruído, matando no momento cerca de 30 trabalhadores que se encontravam no local, sendo que nos três meses seguintes vários trabalhadores morreram em decorrência do contato com os materiais radioativos.
Entretanto, em virtude da propagação da nuvem radioativa, milhões de outras pessoas sofreram as consequências do contato com o iodo e o césio liberados na explosão, resultando em doenças e más-formações das pessoas nascidas de mães e pais contaminados. As áreas que mais foram afetadas foram a Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, sendo que este último país concentrou 60% do pó radioativo em seu território. O acidente de Chernobyl foi mais radioativo que as duas bombas atômicas lançadas pelos EUA ao final da II Guerra Mundial nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
Vítima da radiação.

À época, o acidente não foi informado pelo governo soviético imediatamente. Mesmo Kiev, capital da Ucrânia, estando localizada a 130 quilômetros da usina de Chernobyl, um grande desfile do 1º de maio foi realizado na cidade, dias após o acidente. As milhares de pessoas que compareceram ao desfile tiveram contato com a nuvem radioativa sem terem conhecimento do fato.
De abril até agosto de 1986 milhares de trabalhadores de toda a URSS trabalharam para a construção de um sarcófago para impedir a propagação da radiação. A usina encontra-se hoje desativada e isolada, sendo proibida a entrada de pessoas. Sua desativação completa ocorrerá apenas no ano de 2065, quando os níveis de radiação provavelmente terão voltado ao normal.
De acordo com o Tecmundo, para evitar mais problemas com a radiação no local, engenheiros do mundo todo estão construindo desde 1992 um gigantesco arco de aço de 29 mil toneladas que cobrirá o reator 4 da usina.


Se você se interessou sobre o assunto, recomendo firmemente que assista a esse documentário.


Fontes: http://www.mundoeducacao.com/historiageral/acidente-chernobyl.htm e http://www.tecmundo.com.br/engenharia/47683-gigantesco-arco-de-aco-cobrira-o-reator-4-de-chernobyl-por-mais-100-anos.htm

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Crise De 1929

Após a primeira guerra mundial (1918), os EUA eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão....

Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos.



A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão.


Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e aparente, portanto logo se desfez.

De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.

Vários fatores causaram essa crise:

Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.

Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.

Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e ninguém se metia.

Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra” (24/10/1929 - dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).

Se o valor das ações de uma empresa está desabando, o empresário tem medo de investir capital nessa empresa. Se ele investe menos, produzirá menos; se produz menos, então, não há motivo para tantos empregados, o que levará o empresário a demitir o pessoal.

Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também.
A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou.
A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma idéia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio também quebraram.

A crise fez com que os EUA importassem menos de outros países, como conseqüência os outros países que exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise.

Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores.

Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados.

Para acabar com a superprodução, o governo aplicava medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava estoques de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não produzissem.

O New Deal alcançou bons resultados para a economia norte-americana.
Essa terrível crise que atravessou a década ficou conhecida como Grande Depressão.

Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial
, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista.

Na década de 30, ocorreu a chamada “Política de Agressão (dos regimes totalitários – Alemanha, Itália e Japão) e Apaziguamento das Democracias Liberais (Inglaterra e França)”.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Os Arquivos Secretos do Vaticano  estão guardados na sede do Papado, na Cidade do Vaticano, localizada na Itália. Eles foram gerados aproximadamente no ano 1610, pelo então Pontífice Paulo V, com a intenção de resguardar o legado de Jesus Cristo herdado por seus seguidores. Eles resguardam toda a trajetória da Igreja Católica, cada decreto, carta, publicação, processos como os da Inquisição, enfim, toda a documentação eclesiástica.

Os representantes do catolicismo afirmam zelar, assim, pelos ensinamentos de Jesus, para que eles sejam transmitidos de geração para geração sem adulterações. Assim, ao longo do tempo, textos evangélicos, correspondências apostólicas e outros escritos foram preservados, bem longe dos olhos do público, pela Igreja. Desta forma, a solução foi criar um Arquivo que pudesse conter e guardar estes documentos.


Estes Arquivos constituem uma rede de aposentos e prédios nos quais são resguardados estes tesouros do Cristianismo, que em seu conteúdo narram toda a História da Igreja Católica. Mas o termo ‘secreto’ encontra-se, atualmente, apenas na expressão que denomina o conjunto destes textos, pois grande parte deles está hoje disponível para estudiosos e pesquisadores, e também virtualmente no site http://www.vatican.va, o endereço eletrônico do Vaticano.

Normalmente o clero torna acessível um documento arquivado depois de 75 anos, desde que os pontífices decidiram tornar este Arquivo parcialmente disponível. Tudo começou com o Papa Leão XIII, em 1883, quando ele tomou a iniciativa de liberar os escritos referentes a 1815 e seus predecessores para pesquisadores não ligados à Igreja. O estudioso Ludwig von Pastor teve o privilégio de ser o pioneiro no estudo destes documentos.

Em 1924 mais textos foram disponibilizados, englobando o período que vai até o fim do apostolado do Papa Gregório XVI, no dia 1 de junho de 1846. A partir de então mais documentos se tornaram acessíveis – em 1966, referentes à permanência de Pio IX à frente da Igreja, de 1846 a 1878; em 1978, textos sobre o pontificado de Leão XIII, de 1878 a 1903; em 1985, escritos de Pio X, que se manteve no Vaticano de 1903 a 1914, e de Bento XV, pontífice de 1914 a 1922.

O Papa João Paulo II, em 2002, tomou a iniciativa de tornar acessível, a partir do ano de 2003, a documentação pertencente ao Arquivo Histórico da Secretaria de Estado (Segunda Seção), que contém os valiosos textos que narram as perigosas interações do Vaticano com a Alemanha durante o Nazismo, quando o pontífice que ocupava o trono de São Pedro era o Papa Pio XI, os quais despertaram intensa curiosidade no meio acadêmico.

Os Arquivos abrigam hoje 85 quilômetros de estantes, nas quais os documentos estão organizados em seis grupos - Cúria, Delegações Papais, Singulares ou Familiares, Concílios, Ordens Religiosas, Mosteiros e Confrarias e Outros. Este complexo está dividido em dois recintos modernos destinados à pesquisa, com capacidade para receber a visita de pelo menos 1500 estudiosos.

Há também um aposento que abriga índices, uma biblioteca, uma sala de restauração e estudos mais secretos, um laboratório de fotografias digitais e outro de informática, além do espaço administrativo. No site, porém, o conteúdo não está ainda acessível no idioma português.

FONTES

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquivos_Secretos_do_Vaticano
http://blog.cancaonova.com/dominusvobiscum/2007/11/07/o-arquivo-secreto-do-vaticano/
http://www.ead.pt/blog/?p=320

Acidentes Nucleares [ Série ]


Abriremos uma série sobre os principais acidentes nucleares, vocês devem ter em mente alguns, mas outros não são tão conhecidos assim. Para mostrar a vocês como é classificado esse tipo de acidente, aqui vai uma escala.



  • Nível 1 – Anomalia: Incidentes que não afetam a população ou o meio ambiente, além de quase sempre não comprometerem, ou comprometer em pequena escala, os mecanismos de segurança das instalações nucleares.
  • Nível 2 – Incidente: Casos onde trabalhadores se expõem além do limite legal anual, população acima de 10 milisieverts, ou radiação acima de 50 milisieverts por hora em área operacional. Alguns acontecimentos desse nível foram noticiados nas usinas de Atucha, na Argentina, e Cadarache, na França.
  • Nível 3 – Incidente grave: Exposição 10 vezes acima do limite anual pré-fixado para trabalhadores com consequências não-letais (queimaduras, por exemplo). E, agravamento de poluição em área não coberta. Em Yanango, no Peru, um soldador ficou diretamente exposto ao colocar uma amostra de irídio no bolso.
  • Nível 4 – Acidente com consequências locais: Liberação em pequena quantidade de materiais radioativos ao ambiente com pelo menos 1 morte ou em grande quantidade dentro de uma instalação. Há, também, fusão de combustível nuclear. Em Saint Laurent, na França, a proteção do combustível de um dos reatores foi danificada, representando, assim, um acidente deste nível.
  • Nível 5 – Acidentes com consequências de longo alcance: Liberação de quantidade limitada de materiais radioativos com várias mortes ou grande quantidade dentro de uma instalação. Nesses acidentes, há danos ao núcleo do reator, alta probabilidade de exposição à população. Geralmente são causados por incêndios ou acidentes graves. No Brasil, o acidente com o Césio-137, onde 4 pessoas morreram após contaminação em 1987, é classificado como nível 5.
  • Nível 6 – Acidente Grave: Liberação em quantidade importante de materiais radioativos para o ambiente externo, passível de exigir aplicação de medidas remediadoras. O acidente de Fukushima I, no Japão, em março de 2011, é classificado pela Autoridade Francesa de Segurança Nuclear (ASN) como de tal nível; embora as autoridades japonesas afirmem que esse acidente seja de nível 4.
  • Nível 7 - Acidente mais grave ou superior: Liberação extensa de material radioativo com efeitos amplos sobre a saúde da população e do meio ambiente, com exigência de ações remediadoras planejadas pelas autoridades. Sendo reconhecido apenas o acidente de Chernobyl, na Ucrânia, como um exemplo de acidente de nível 7: afirma-se que a radioatividade média das proximidades do local de explosão do reator era 400 vezes maior que a gerada pela bomba de Hiroshima.


“Resposta de Tiradentes”, de Leopoldino de Faria



E que tal uma curiosidade aqui da nossa terrinha? Apesar de muita gente acreditar que Tiradentes morreu com os cabelos compridos e barbudo — o que lhe dava um ar de revolucionário e vagamente parecido a Jesus Cristo —, Joaquim José da Silva Xavier, o mártir da Inconfidência Mineira, era militar, portanto, tinha os cabelos curtos e não usava barba.

Além disso, Tiradentes passou três anos na prisão, onde os condenados eram obrigados a raspar os cabelos e a barba para evitar a infestação por piolhos. Quando foi enforcado, o inconfidente estava careca e barbeado. Por certo, Tiradentes é retratado dessa forma, com a túnica e tudo mais, de propósito, pois, sendo o Brasil um país cristão, nada melhor do que relacionar as duas figuras para transformar o homem em mártir. 
Realmente devemos parar e questionar o que nos ensinam...

domingo, 5 de janeiro de 2014

Consequências da Revolução Industrial

Após a Revolução Industrial  ocorreu um aumento extraordinário da produção. Isso aconteceu da seguinte forma: o que era feito artesanalmente, notavelmente os bens de consumo, começou a chegar à economia a partir da maquinofatura, o que levou bens industrializados à população, em escala muito maior. Assim, os populares deslocaram-se aos centros urbanos em busca de trabalho nas fábricas. Desta forma, milhares de trabalhadores começaram a praticamente viver dentro das fábricas, que naquela época apresentavam jornadas de trabalho que variavam entre 14 e 16 horas por dia. Esses operários vendiam sua força de trabalho em troca da remuneração.

Com isso, a economia começou a crescer de forma rápida, sendo que em momentos anteriores à Revolução Industrial a renda per capta  aumentava com a demora de séculos. Sendo assim, a população começou a crescer de uma forma nunca vista antes. Apenas como exemplo, no período entre os anos de 1500 e 1780, apenas na Inglaterra, houve um aumento populacional de cerca de 3 milhões de habitantes para 8 milhões. Em 1880, este índice já estava em mais de 30 milhões. Isso ocorreu devido à queda drástica da mortalidade infantil.


Em outro aspecto, a forma de vida em sociedade e o cotidiano da população foram mudados completamente. Com a Revolução Industrial, os artesãos e, em geral, as pessoas que viviam no campo, passaram a viver nas cidades e se tornaram ferramentas fundamentais para a industrialização. Além disso, as urbes simbolizavam progresso e tornaram-se enormes e de grande importância àquela época.


Em 1850, na Inglaterra, as pessoas mais pobres viviam como podiam. Aglomeravam-se à margem, em subúrbios,moradias antigas e sem o menor conforto, além de enfrentarem a insalubridade. A diferença entre a vida na urbe e a vida no campo era basicamente, que as choupanas saíam de cena, dando a vez aos ratos, esgoto, ruas esburacadas e falta de água encanada. Em meio à miséria da população mais pobre, via-se, paradoxalmente, o surgimentos de modas, inovações nos bens de consumo e a formação de uma elite industrial.

De acordo com alguns estudos, com a Revolução Industrial e os novos produtos e máquinas surgindo a todo minuto, a média de altura dos homens da região norte da Europa ficou 7,6 centímetros abaixo da dos homens da Alta Idade Média. Ao longo do tempo, o índice de variação na altura do homem é um dos indicativos do bem estar social. Percebe-se, à época da Revolução Industrial, que apesar da melhora nos processos de produção, ocorreu, também, uma desvalorização do ser humano.

FONTE: OLIVEIRA, Robson. A História das Revoluções - Dez maiores revoluções do mundo e os grandes pensadores. Discovery Publicações, São Paulo, p. 57-58. 2013.