domingo, 21 de julho de 2013

Os Templários

A Ordem dos Templários, cavaleiros do Templo,  devotados  à defesa dos lugares santos da Palestina,  foi fundada em 1119  por Hugo de Payens  e mais oito  cavaleiros companheiros de Godofredo de Bulhões, totalizando o número de nove : entre os quais Godofredo de Saint – Omer e o português  Arnaldo da Rocha.
Nove anos depois,  em 1128, a Ordem  dos Templários  foi confirmada pelo Papa a pedido de S. Bernardo de Claraval, que lhe redigiu as regras que foram aprovadas no Concilio de Troyes no mesmo ano e lhe inculcou o seu  espírito, tendo para tal  escrito  um livro em louvor dos Templários.
Esta foi a única Ordem fundada, não com o intuito de auxiliar peregrinos e doentes, mas sim para combater de imediato os infiéis. Nos seus documentos oficiais designam-se com « Fratres militiae Templi ou Pauperes commilitones Christi Templique Salomonis » O rei de Jerusalém Balduíno II oferece-lhes  para a sua sede uma ala do seu palácio situado na Mesquita El-Aksa, construída no lugar  onde se situara o antigo  Templo de Salomão, de onde tiraram o nome.
A Ordem compreendia quatro classes : Os cavaleiros, os escudeiros, os irmãos leigos e os capelães e sacerdotes (chefes militares, sargentos, soldados, clérigos). Juravam consagrar a sua vida ao serviço de Deus, defender no temporal a fé cristã e os lugares santos e combater os seus inimigos, fazendo votos de pobreza, obediência e castidade.
O santo abade Bernardo de Claraval descreve-os como « monges – cavaleiros de Deus » vivendo numa sociedade frugal, sem mulheres, sem filhos, sem terem nada de próprio. Nunca estão ociosos, nem espalhados fora das suas casas ; quando não estão em campanha contra os infiéis, reparam as vestes, armas e os arreios dos cavalos, ou estão ocupados em exercícios piedosos. Detestam os jogos, não se permitem caçar e banham-se raras vezes; andam negligentemente vestidos com a cara queimada pelo sol.
Para o combate armam-se por dentro de fé e por fora de ferro, sem qualquer espécie de ornato e tendo as armas como único enfeite. Toda a sua confiança está no deus dos exércitos e, combatendo pela sua causa procuram uma vitória certa ou uma morte  santa  e  honrosa.
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